Pra compensar o meu mimimi por não ter tido nenhum lançamento interessante no mês passado, agosto chegou com dois disquinhos bem bacanas que me surpreenderam além do esperado. E além deles ouvi também uma verdadeira joia rara dos anos 70 e vou falar um pouco sobre ela. Dá uma conferida e me diz o que você acha! =)
Travis – “Where You Stand” (2013)
Where You Stand não foi o tipo de disco que me conquistou à primeira ouvida, mas depois de muitas audições posso dizer que gostei bastante deste novo álbum do Travis.
Basicamente o som dos caras continua o mesmo neste sétimo trabalho que contém 11 faixas trazendo o combo “melodia harmoniosa+ refrão “acessível” (pra não dizer pegajoso)e batida descolada”. Isso sem citar os vocais de Fran Healy que a cada faixa mostra sua interpretação tranquila e segura. “Mother”,“Moving” e a faixa-título “Where You Stand” são um bom exemplo disso. “A Different Room” sem dúvida é o destaque deste disco que traz uma guitarra simples, porém melodiosa que parece flutuar junto à voz de Healy. Belíssima canção.
O disco fecha com a melancólica “The Big Screen” que traz piano delicado e vocal trabalhado numa sensibilidade comovente. Acredito que este lançamento da banda – que não lançava um álbum de estúdio desde 2008 – agradará a seus fãs de longa data.
★★★★★
Atomic Rooster – “Atomic Rooster” (1970)
O Atomic Rooster é daquelas bandas que são definidas em duas fases: seu início, com uma pegada mais crua e mais fiel a certos elementos e uma segunda fase, com um som mais perdido. O álbum autointitulado de 1970 é o trabalho da banda que destaco hoje e meu preferido.
O disco de estreia da banda traz um hard setentista muito bem elaborado com toques progressivos e um instrumental divinamente bem executado, como na viajante “Before Tomorow”. A pegada do blues se faz presente de maneira mágica na faixa que considero a mais bela da carreira dos caras, a balada “Broken Wings” que destaca fortemente o belo trabalho de Nick Graham no baixo e Vincent Crane no clássico órgão Hammond. Enquanto as faixas “Friday the 13th” (que abre brilhantemente os trabalhos) e “S.L.Y” representam muito bem a parte do hard setentista que eu já havia mencionado, com viradas extremamente engenhosas de Carl Palmer na batera, “Decline and Fall” se mostra mais experimental e apresenta de maneira bem mais explícita os dotes musicais dos integrantes, com forte destaque a Palmer que, mais uma vez mostra do que é capaz na bateria. Todas as vezes que escuto este disco me pergunto o porquê de não o valorizarem devidamente. Se você ainda não conhece aconselho que vá atrás e o escute por inteiro. É uma verdadeira pérola setentista!
★★★★★
Franz Ferdinand – “Right Thoughts, Right Words, Right Action” (2013)
“Right Thoughts, Right Words, Right Action” realmente não deixa nada a desejar em relação aos discos anteriores do grupo. Neste quarto álbum a banda mantém sua pegada indie nas dez faixas que em nenhum momento caem no tédio. “Right Action” começa abrindo – e muito bem – os trabalhos. A faixa, que traz uma mistura harmoniosa de baixo e guitarra é seguida pela dobradinha de batidas contagiantes de “Evil Eye” e “ Love Illumination”, esta com riffs bastante dinâmicos. Um dos hits garantidos do álbum é a meiga “Stand On the Horizon”, que traz um ritmo mais acelerado e dançante. O teclado habilidoso do também guitarrista Nick McCarthy se destaca fortemente. Outra faixa bem interessante, “Fresh Strawberries”, traz a participação da cantora Roxanne Clifford, da banda Veronica Falls e remete vagamente aos Beatles, embora o baixista Bob Hardy já tenha declarado que para ele a música está mais para a banda The Specials. “Brief Encounters” traz uma batida de reggae suave acompanhada por efeitos “tecladísticos” bem interessantes e “Goodbye Lovers & Friends”, uma das melhores faixas do álbum que vai surpreendendo aos poucos e se revela uma grande canção, fecha com chave de ouro este belo trabalho.
Creio que pra galera que estava esperando ansiosamente pelo novo álbum do Franz a banda não desapontou nem um pouco. E que eles voltem logo para terras brasileiras!
★★★★★
Postado ao som do álbum “Right Thoughts, Right Words, Right Action” (2013), Franz Ferdinand.
Gostei do disco do Travis, banda que por sinal gosto muito. Porém, acho que uma mudança de horizontes faria bem à música deles.
“Right Thoughts, Right Words, Right Action” é show. Achei tão bom quanto os dois primeiros. Ao vivo então, só tende a crescer.
Outro álbum que gostei foi o novo do John Mayer, que resolveu se jogar no country de vez.
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O do John Mayer ainda não ouvi, mas conheço uma galera que gostou, vou dar uma escutada
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percebi que você curti uns sons underground sessentista e setentista,, tenho essa indicação a fazer-te, já que curti coisas boas,,essa é uma banda de jazz-fusion espanhola(não sei se você conhece),, é o mais próximo de uma existência divina>>>http://www.youtube.com/watch?v=sVJO6BJFj-g Música Urbana, disco -Iberia (1978) é magistral.
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Opa, vou ouvir, obrigada!
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Amando o teu blog e as tuas indicações!
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Muito obrigada Valéria! Abraço!
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