Tudo era muito mais interessante antigamente. Ou não!

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Não sei qual escutar agora…

Esses dias eu estava pensando em como as coisas eram há uns 20 anos atrás. Era tudo mais difícil de se conseguir em termos de música, fotos e acesso a informação de uma maneira geral. Hoje tá tudo muito fácil, basta ter um computador. Aliás, basta você ter um celular com acesso à internet e pronto, o mundo está em suas mãos.

Alguns aplicativos como o instagram (uma espécie de rede social onde as pessoas tiram fotos pelo celular e passam por vários tipos de filtro que dão efeitos bem legais) me fizeram chegar a conclusão do quão banalizado o simples ato de tirar uma foto está. Eu adoro o instagram e também posso dizer que me incluo no grupo de pessoas que banalizaram o bagulho.

Antigamente tirar fotos era um acontecimento, e custava caro. Você tinha que ter uma boa máquina, que mais parecia um tijolão, e grana pra comprar o filme. Sem o filme esquece, nada de fotos. Os filmes (se não me engano) tinham de 12 a 36 poses, e claro esses últimos eram bem mais caros. Aí você comprava o filme, colocava na câmera, passava perfume, chamava a família e fazia a festa! Fotos  do churrasco, do Natal, dos aniversários… Quem nunca tirou uma foto de um parente chato dormindo? Depois do “ensaio” nada de virar a câmera pra ver como ficou, era preciso esperar o filme ser revelado pra ver o resultado. Isso quando o filme não queimava. Garotada, daí vem a expressão queimar o filme, viu? RISOS.

Claro, pra revelar o filme você tinha que gastar mais uma grana, mas valia a pena, depois de uma semana as fotos eram retiradas ( e geralmente vinham com uns adesivinhos super bregas de balões de diálogo), e era pura diversão. Bons tempos. Naquela época as pessoas pensavam apenas em tirar foto de seres humanos, não de comida, como muitas vezes fazemos hoje em dia.

É meio esquisito tirar foto de comida, mas confesso que já tirei. Tem até quem pinte a unha e tire fotos pra mostrar prazamiga as novas tendências da moda. Tem também aquela pessoa que adora tirar foto de copo com bebida na mesa do bar ( apontando pra mim nesse exato momento ). Cada um com seu cada qual. É a chamada banalização da fotografia minha gente, e eu faço parte dela.

A mesma coisa acontece com a música. Quem aqui era “gente grande” há uns 18 anos atrás, sabe como era difícil o acesso. Funcionava mais ou menos assim: você ouvia uma música (muitas vezes não sabia nem quem cantava) e se gostasse dela tinha que ficar de plantão com sua fitinha cassete a postos e com o botão pause e rec apertados. Na rádio a música poderia tocar a qualquer momento e aí o botão pause era apertado de novo e a gravação ( cortando o começo da música e o final devido as vinhetas da rádio) era feita com sucesso. Se  soubesse de quem era a música e dispusesse de certa grana  você poderia adquirir o LP ou a fita cassete da mesma. Simples, não?

Hoje em dia é tudo mais fácil. Basta você digitar o nome da música ou banda e pronto: uma lista aparece te dando a escolha de baixar o que mais te der vontade de ouvir naquele momento. Não vou negar que isso é uma maravilha. O acesso à música é mil vezes mais fácil, antes ele era praticamente nulo, e muita, mas muita coisa boa eu conheci através da internet.

Um dos meus objetivos para o próximo ano é comprar uma boa vitrola e começar uma coleção de vinis. Por mais que a qualidade do som de um vinil ( ainda mais porque eu pretendo comprá-los do sebo ) não seja tão boa como de um mp3, me fascina o barulhinho de chuvisco que faz ao fundo daquela música antiga que me traz tantas recordações boas, de um tempo em que eu não fazia ideia do que era um torrent.

Trilha sonora deste post  ( em mp3, risos ) >> U2 – “No Line On The Horizon” – 2009

Sobre rosegomes

Rose,Tia Rose, Desert Rose ou só Desert, como quiser. Jornalista por formação, amante de boa música e boa bebida. Traz no currículo a pretensão de ser um Fábio Massari de saias. Contato: cademeuwhiskey@gmail.com
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8 respostas para Tudo era muito mais interessante antigamente. Ou não!

  1. Igor Carvalho disse:

    E viva a tecnologia que nos libertou dos tijolos de tirar fotos!

    Abraços e sucesso!

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  2. pinguimrepoter disse:

    Achei legal o assunto abordado nesse post Rose, as vezes coloco um vinil pra tocar aqui só por causa dos noise que a vitrola produz srsrs . Mas é a evolução neh? Fazer o que srsrs. Enfim nota 10 pelo post parabéns

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  3. A internet foi/é um marco histórico, um divisor de aguás. Não só ela, como a tecnologia. E olha que ainda não tem nem um século de exploração desses recurso, e cada dia mais vão se criando mais e mais coisas que facilitem a vida humana, embora haja também o efeito inverso, na questão do meio ambiente.

    Muito bom post! Parabéns!

    Abraços o/

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  4. ana paula disse:

    sim pq as camera de integanteera mais dificil agora esta tudo facil..

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  5. Rubens Janes disse:

    A tecnologia quando bem usada é realmente uma maravilha, porém as coisas do passado teimam em continuar em nossa vida, assim, sempre digo que nós saímos da roça mas a roça não quer sair das nossas vidas; Por exemplo, lembro-me da infância pobre na roça ou até mesmo nas pequenas cidades quando na calma da noite se ouvia as crianças brincado de roda com suas belas canitgas como “Serenô”, “Se essa rua fosse minha”, “ciranda, cirandinha” e tantas outras que hoje, infelizmente só permanecem na memória dos mais antigos. E as serenatas? E os costumes que se deterioraram com a falta de patriotismo e o excesso de mídia, além da tolerância de certas coisas que os mais antigos jamais aceitariam como normal? Hoje as crianças passam mais tempo mexendo no celular do que estudando ou brincando, pois não aprenderam e nem sabem como era gostoso brincar. Enfim como era gostoso ser criança antigamente.

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